
Desde quando me entendo por gente, sou vigiado por uma mulher de duas caras. Por muito tempo tentei decifrar o porquê daquele olhar fixo e intrigante. Quando uma face estava virada, me olhava com a oposta. Se ainda não sabe quem é, vou dizer agora.
Leia o título deste texto. A dita cuja
Mulher do Palito. Para alguns, inofensiva. Para mim, IRRITANTE. Como pode um simples desenho causar tanta repulsa assim? Se quiserem saber a resposta, eu não sou a pessoas correta para lhes responder. Devem estar se perguntando se eu tinha ou ainda tenho medo
dela. Afirmo com toda a certeza que não. Apenas me sinto com falta de privacidade. Ela parece estar na maioria dos lugares. Na mesa, quando faço o desjejum. Na hora do almoço. No lanche da tarde. No jantar. Até mesmo me inspeciona nas lanchonetes. No supermercado é onde se organizam nas prateleiras, formando um numeroso e incontável exército de
Ginas. O pior de tudo é que elas não atacam. Não fazem nada além de te olhar. São somente caixas de palitos de dente com um rosto de mulher estampado em ambos os lados. Parece que a solução vai ser continuar a esconder as caixinhas como sempre fiz. Tem coisas que acontecem em nossa vida que parecem não ter uma explicação convincente. Nem sempre entenderemos a razão de tudo pelo qual passamos, mas sempre acharemos um jeito para conviver com esses
detalhes.
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